Este é basicamente o resumo do Grande Prémio Emilia-Romagna, em Imola (Itália), em que uma enorme ultrapassagem de Max Verstappen lhe valeu o primeiro lugar que depois geriu, com a mestria habitual, até ao final – apesar do Safety Car e do Virtual Safety Car – vencendo pela segunda vez esta temporada e deixando o Mundial de Pilotos ao rubro, ao fim de sete corridas.
Os McLaren, novamente, com muito andamento completaram o pódio, mas com Norris no segundo posto, tendo arrancado da 4.ª posição e Oscar Piastri, ainda líder do campeonato e que tinha assegurado a pole-position, a terminar no 3.° posto. Depois disso vêm algumas boas surpresas. Já vamos abordar isso, mas primeiro fica esta tabela bem quentinha.
Ferrari acordou no domingo e já faltam adjetivos para Albon
Depois de uma Qualificação desastrosa – e também já desenvolvo sobre o sábado – com ambos os carros a ficarem pelo Q2 (Leclerc em 11.º e Hamilton em 12.º), a Ferrari conseguiu ser a boa surpresa, para além do tetracampeão do Mundo, deste Grande Prémio, com ambos os pilotos a subirem vários lugares e a fazerem excelentes corridas, sendo que também a equipa (surpreendentemente) esteve bem na estratégia e, principalmente, nas chamadas atempadas no Virtual e no Safety Car.
Lewis Hamilton conseguiu ficar à porta do pódio, mas apenas pela posição que ocupou, pois os dois McLaren e Max estiveram, mais uma vez, num mundo à parte. Charles Leclerc também ganhou bastantes posições, tendo terminado no 6.º posto, mas contrariado, pois numa manobra em que disputava o lugar com Alexander Albon, o piloto da Williams saiu de pista, e a Ferrari com receio de ser penalizada, sugeriu ao monegasco que deixasse passar o seu adversário.
Leclerc assim fez e Albon, para além de Max Verstappen, voltou a ser o piloto do dia, demonstrando que o Williams é um monolugar competitivo, quer em Qualificação, quer em corrida. O piloto com licença tailandesa arrancou do sétimo posto e terminou na 5.ª posição, somando mais pontos preciosos para si e para a sua equipa. Continuando na Williams, Carlos Sainz fez um sábado a roçar a perfeição com o sexto melhor tempo, mas acabou por ser dos azarados nas incidências da corrida e terminou em oitavo.
Primeiro grande deslize da Mercedes e as boas exibições de Hadjar e Tsunoda
Antes de partirmos para a Qualificação – alguns motivos de interesse, tenham paciência – vamos continuar a destacar a corrida de domingo, pois foi mesmo a primeira vez (claro que Antonelli também ficou fora dos pontos no Bahrain) que a Mercedes demonstrou verdadeiras fragilidades. O jovem italiano, em casa, e perante os seus companheiros de escola foi obrigado a desistir com problemas no monolugar da marca alemã. Já George Russell que tem sido dos mais consistentes, neste início de temporada, não teve um dia fácil. Após a boa posição na grelha, com o 3.º posto, apenas concluiu este Grande Prémio Emilia-Romagna na sétima posição, sendo ultrapassado por Norris, os Ferrari e Albon.
Por outro lado, Isack Hadjar e Yuki Tsunoda (sim, esteve bem) foram pilotos com boas exibições, alcançando o top-10 e os respetivos pontos. O francês da V-card manteve-se tranquilo na nona posição, pois também ele fez uma enorme Qualificação e conseguiu ficar dentro dos pontos. Já o japonês, da Red Bull, sofreu um acidente aparatoso (já mostro), no sábado, e saiu das boxes no domingo, tendo galgado várias posições, até ocupar o décimo posto final.
Susto nipónico e uma Qualificação surpreendente
Yuki Tsunoda sofreu um acidente aparatoso, durante a Qualificação, neste circuito de Imola, em Itália, fazendo com que todos voltemos a aplaudir a introdução do halo na Fórmula 1. Pois, convém nunca esquecer que nesta pista padeceram dois pilotos, em 1994, o austríaco Roland Ratzenberger, e o memorável Ayrton Senna. Imagens fortes:
Mas, também Franco Colapinto bateu, sem cambalhotas, na sua estreia ao volante do Alpine. Porém, esta Qualificação ficou marcada pela desilusão Ferrari, pela consistência da Williams e também de Pierre Gasly (arrancou no 10.º posto), assim como pela surpresa das surpresas. A equipa que mais atualizações trouxe para este Grande Prémio, a Aston Martin, parecia ter tirado um coelho da cartola, com a 5.ª posição de Fernando Alonso e a 8.ª de Lance Stroll. No entanto, no domingo nada disto se confirmou com ambos a ficarem fora dos pontos e sem fazerem a equipa avançar no Mundial de Construtores.