O Grande Prémio de Abu Dhabi encerrou a temporada 2023 da Fórmula 1 que foi completamente dominada por Max Versatappen e pela Red Bull. Fazendo juz aos seus pergaminhos, o piloto neerlandês saiu da pole-position e venceu a corrida da consagração, terminando com os habituais ‘donuts’, numa dedicatória especial a esta crónica (eheheh)
Antes das contas finais, vamos então esmiuçar este GP Abu Dhabi. A primeira curva teve o seu momento de tensão, como é normal, mas o bom arranque de Charles Leclerc, na 2.ª posição, foi insuficiente para travar o imparável Max Verstappen. Como ocorreu durante toda a época, o vencedor pouca importância trouxe à corrida… O mais interessante foram mesmo as estratégias e uma ou duas boas provas, por parte de pilotos, por vezes, desvalorizados. Em termos de planos, sem me alongar pois ainda vou falar da luta pelo 2.º lugar no Mundial de Construtores, o da Ferrari com Carlos Sainz foi desastroso. A marca italiana apostou as fichas todas num safety car tardio e perdeu… Já o outro piloto fez uma jogada de mestre, mas foi um tanto ou quanto tardia. Em poucas palavras: Leclerc ia confortável na 2.ª posição, mas Pérez vinha lançado (já em 4.º). Russell era terceiro, no entanto o mexicano foi alvo de uma penalização de cinco segundos e Charles Leclerc decidiu abrandar o ritmo, esperar que Pérez alcançasse Russell e depois deixou-o passar, continuando a atrasar o piloto britânico da Mercedes (esperando que a diferença para Pérez fosse de mais de cinco segundos), mas não conseguiu. Muito bem pensado! Executado tardiamente. Mas, atenção, foi o piloto que a 200 e muitos km/h pensou nisto tudo, pois a Ferrari (pelo menos no que deu para perceber durante a transmissão) não deu um pio…
De destacar a consistência dos McLaren, com Norris em 5.º e Piastri em 6.º, mas também, e especialmente, as belas corridas de Yuki Tsunoda que apostou tudo numa só paragem nas boxes, ficando com o oitavo lugar e de Lance Stroll que alcançou os pontos, mais uma vez, com o décimo posto.
Mercedes contou com ajuda do Cavalino Rompante
Com quatro pontos de vantagem à partida para este último Grande Prémio da temporada, a Mercedes tinha tudo a seu favor para ser vice-campeã de Construtores e conseguiu, mas… O 2.º lugar foi garantido com uma vantagem de três pontos e tudo, na minha opinião claro, porque o segundo monolugar da Ferrari (Carlos Sainz) teve uma corrida inexplicável. Com a tal penalização de Pérez, o mexicano terminou a prova no 4.º lugar, com Charles Leclerc em 2.º (18 pontos) e Russell em 3.º (15 pontos), até assim tinha sido suficiente para a Mercedes assegurar o vice-campeonato e Lewis Hamilton (em mais uma corrida muito fraca) ainda contribuiu com mais dois pontos (9.º lugar) para a causa da marca alemã.
O que falhou e redondamente, diga-se, foi a estratégia da Ferrari com Carlos Sainz. O piloto espanhol arrancou da 16.ª posição, mas tinha claras condições, caso tudo fosse feito com normalidade, de alcançar os pontos e tornar esta luta bem mais interessante, até à última curva. No entanto, Sainz partiu de pneus duros e fez um longo curso, no entanto na paragem voltou a colocar o composto duro (as regras obrigam à utilização de dois compostos diferentes, no mínimo, por corrida), ou seja, revelou às restante equipas que o espanhol ia ter de parar novamente. Lá foi andando, andando e andando, com a equipa a recorrer a todos os santos por um safety car que permitisse uma paragem ‘à borla’. Não aconteceu e Sainz entrou para as boxes a uma volta do final, sendo que na classificação oficial, posterior à corrida, foi declarado como abandono, ou seja, nem voltou à pista…
E lá foi o ‘velhote’ a ficar com o 4.º lugar
Outro dos pontos de interesse deste último Grande Prémio da temporada era a luta pela 4.ª posição no Mundial de Pilotos, com quatro personagens envolvidas. Depois do que referi acima, já se percebeu que Carlos Sainz cedo ficou fora da corrida e desta corrida em particular. Apesar das boas corridas de Charles Leclerc, que era o sétimo e terminou em quinto, e de Lando Norris (6.º no mundial), a consistência de um senhor que já anda há muitos anos nisto, garantiu-lhe o 4.º posto. Fernando Alonso lá fez a sua corrida sem grandes sobressaltos, assegurando os seis pontos da sétima posição e consequentemente o lugar logo a seguir ao pódio no Mundial de Pilotos. Obviamente que as primeiras corridas da temporada, com vários pódios, ajudaram bastante na causa deste jovem de 42 anos. O mais velho da grelha que vai mostrando como se faz…
Com isto tudo, Carlos Sainz que era o 4.º à entrada para este Grande Prémio, terminou na 7.ª posição, com Russell (oitavo) a 25 pontos.
O digestivo do Pawnfessor X
É um novo modelo elétrico pequeno com um nome muito popular: Renault 5 . O carro ainda está em desenvolvimento e o seu design, embora seja muito semelhante ao do protótipo de 2021 e também ao do modelo original (ver Tweet abaixo), ainda não foi revelado (26 de fevereiro de 2024) . No entanto, a marca mostrou alguns detalhes e deu a conhecer alguns dos seus dados técnicos, como por exemplo uma autonomia homologada de 400 km na versão com bateria mais potente.
A produção começa no outono de 2024, mas já está disponível o R5 R Pass (custa 150 euros) que permite encomendar o novo Renault 5 dez dias antes da abertura das encomendas ao público. O preço da versão mais acessível deve rondar os 25.000 euros.