O Lando Norris que me perdoe, mas optei por colocar-lhe o nome que os companheiros brasileiros, normalmente, utilizam. Pois é, em seis corridas já tivemos três vencedores diferentes… Depois de 15 pódios, o piloto britânico subiu, finalmente, ao degrau mais alto do mesmo, no qual se emocionou e teve oportunidade de fazer o seu habitual ritual com a garrafa de champanhe.
Lando Norris conduziu o seu McLaren, número 4, ao primeiro lugar no Grande Prémio de Miami numa exibição a roçar a perfeição, por parte do piloto e também da equipa. Depois de um mau arranque para o britânico (podia ter sido muito mau para vários, mas já lá vamos) que saiu do quinto lugar e na primeira volta caiu algumas posições, sendo mesmo ultrapassado pelo companheiro de equipa, Oscar Piastri.
Mas, pela volta 29 num embrulhanço entre Magnussen (apenas um dos milhentos em que se viu envolvido neste fim-de-semana) e Logan Sargeant que levou o piloto norte-americano da Williams a embater forte nas barreiras, a direção de corrida deu ordem de ‘safety car’. Ora, já muitos pilotos tinham trocado os seus pneus (sendo uma prova de apenas uma paragem) e no momento em que é dada a ordem, Norris já liderava (também momento caricato) e aproveitou para mudar os seus quatro pneus.
O momento caricato prende-se com a entrada do carro de ‘safety car’ na pista, pois foi lançado à frente de Max Verstappen (força do hábito, provavelmente), sendo que Lando Norris ficou, então, à frente. A direção de corrida teve que deixar os pilotos ultrapassarem o ‘safety car’ para que o britânico fosse o primeiro classificado. Na bandeira verde, o McLaren já com pneus duros ganhou vida e rapidamente cavou uma vantagem interessante para o Red Bull do tricampeão do Mundo, deixando-o fora da zona de DRS. Na bandeira de xadrez, Norris venceu com uma vantagem de 7,6 segundos. Palminhas!!!
Curativos e um meco no meio do caminho ou não…
Aparentemente para se ganhar um Grande Prémio, para além do crónico favorito Max Verstappen e o seu Red Bull – pois, o seu companheiro de equipa continua a nem sequer se aproximar -, é necessário que o piloto tenha algum tipo de curativo em si. Todos se recordam da vitória de Carlos Sainz, duas semanas depois de ter sido operado de urgência para remover o apêndice, em que não faltavam pensos e curativos na zona da intervenção. Pois, desta vez, Lando Norris tinha um curativo no nariz, depois de se ter divertido (de forma um pouco exagerada) no dia do rei nos Países Baixos. Valeu a pena Landinho…
Mas, apesar do triunfo ter sido incontestável, a verdade é que houve alguma falta de eficácia de Max Verstappen (nada normal), pois pode ter sofrido danos no seu monolugar e de forma completamente desnecessária. Alguma distração ou excesso de confiança fizeram com que o piloto neerlandês da Red Bull falhasse a chicane do GP Miami e levasse, literalmente, um meco à frente.
Um momento mesmo nada habitual num piloto tão seguro e meticuloso como é Verstappen. A verdade é que pode ter danificado a parte debaixo do seu carro que, como se sabe, é uma das partes do monolugar da Red Bull que faz a maior diferença para os restantes da grelha. No entanto, terminou na segunda posição e somou pontos importantes rumo ao objetivo do tetracampeonato.
Isto numa corrida em que logo no arranque, a coisa podia ter corrido muito mal para muita gente, graças a uma aventura desmedida de Sérgio Pérez que esteve a centímetros de colocar Max de fora. É melhor ver as imagens…
Novamente Tsunoda e Ocon nos pontos
A V-Card vai-se assumindo como a sexta equipa do pelotão e em Miami aproveitou para somar pontos muito importantes, já que Yuki Tsunoda voltou a demonstrar toda a sua qualidade. Mas, não só, pois houve Sprint e Daniel Ricciardo também fez pela vida (já falo mais sobre isso, paciência). O piloto nipónico fez uma bela corrida e terminou na sétima posição, amealhando seis pontos. Assim, neste momento, Tsunoda é 10.º no Mundial de Pilotos com 14 pontos e a V-Card está no 6.º posto no Mundial de Construtores, com uns impressionantes 19 pontos.
Estes cinco pontos da equipa foram garantidos pelo australiano que anda com o lugar tremido, pois fez um Sprint também digno de registo. Daniel Ricciardo começou por surpreender com o quarto lugar na qualificação para a corrida de sábado e aí terminou, somando, então, a tal mão cheia de pontos. De referir que Verstappen venceu e que Hulkenberg voltou a brilhar com o seu Haas, terminando no sétimo lugar e Tsunoda (fruto da penalização a Lewis Hamilton) levou o ponto da oitava posição.
Voltando ao Grande Prémio e dando mais uma salva de palmas. Uma bela corrida para a Alpine que parece estar a tentar renascer das cinzas. Na qualificação, Gasly foi 12.º e Ocon 13.º, com os dois carros a passarem à Q2. Na corrida de domingo, Esteban Ocon esteve a um nível elevado e mesmo com o susto (os dois pilotos franceses novamente envolvidos em batalhas perigosas) conseguiu marcar o primeiro ponto para a marca gaulesa, terminando no 10.º posto. Deixando, assim, a ausência de pontos apenas para a Stake e para a Williams.
