Max ganha a corrida no sábado com McLaren a facilitar, na boa surpresa de Hadjar e que arranque de época de Albon

Colocar Nos Favoritos

Partilha


Max Verstappen, atual tetracampeão mundial, regressou aos triunfos na Fórmula 1 e ao terceiro Grande Prémio da temporada, numa pista que tanto adora, no Japão, voltou a dar aulas e não foram só de condução. Esta vitória começa a ser construída pelo neerlandês da Red Bull logo no sábado, após a Qualificação e, também, não foi apenas por ter conseguido a pole-position com o recorde absoluto da pista de Suzuka.


Essa volta magnífica apenas lhe deu ainda mais confiança, num monolugar que não está, nem de perto, nem de longe, ao nível de outros anos, em que chegou mesmo a ser dominador. Que o diga o segundo piloto da Red Bull, Yuki Tsunoda, que apesar de ter melhorado face ao seu antecessor, Liam Lawson, voltou a ficar fora dos pontos. Porém, apesar da pole-position lhe ter dado a óbvia vantagem de partir na frente, deu-lhe muito mais.


A forma como consegue intimidar o restante pelotão, apenas com a sua extraordinária condução, é reveladora daquilo com que se pode contar por parte de Max Verstappen. Os seus adversários ficam, imediatamente, melindrados e condicionados, apenas por pensarem que não têm sequer hipóteses de vencer. Uma aura especial, de um piloto ganhador e com uma habilidade ímpar que transforma pormenores em potenciais triunfos, tal como sucedeu no Japão.


McLaren já está a facilitar e que bem está a Mercedes


Apesar de terem conseguido dois pódios, com Norris em 2.° lugar e Oscar Piastri com o terceiro posto, a McLaren facilitou bastante, na minha opinião, ou então tem bem definido (este ano) que Lando Norris é que é o potencial piloto para ser campeão do Mundo. Isto porque durante a corrida houve duas ocasiões em que, sem pedir diretamente, Piastri mencionou que tinha melhor ritmo que o seu companheiro de equipa e, aparentemente, tinha mesmo, mas do outro lado do rádio (pelo menos na transmissão) nem uma palavra.


Ambos os McLaren não deixaram Max fugir, sendo que a maior vantagem do piloto da Red Bull rondou os dois segundos e pouco. Mas, para mim, caso o australiano dos ‘papaia’ tivesse ultrapassado, e sem batalhas, o seu companheiro, tinha melhores condições para ir atrás da vitória. A equipa contentou-se com os pódios e somente tentou uma manobra na paragem para troca de pneus, mas que só resultaria se a Red Bull errasse feio na troca de pneus de Verstappen. No entanto, esse momento ainda deu uma pitada de sal a esta corrida.


Quem vai aproveitando tudo o que consegue apanhar é a Mercedes, somando bons pontos com Russell em quinto e Antonelli em sexto. O inglês ainda teve uma oportunidade para atacar o quarto lugar de Leclerc, mas acabou por não conseguir. No entanto, já vão no segundo lugar do Campeonato de Construtores e parecem ser a equipa, com esse tal aproveitamento, que mais pode ameaçar o domínio, para já, da McLaren.


A Ferrari, por seu lado, vai continuando com dificuldades, não tendo o ritmo e a eficácia que apresentava no ano passado. Charles Leclerc não está tão rápido e ameaçador. Lewis Hamilton vai batalhando com o monolugar e não consegue muito mais do que aquilo que ia fazendo pela Mercedes na época anterior.


Isaak Hadjar como a boa surpresa e um Alex Albon de alto gabarito

Mais um V-card a surpreender, neste Grande Prémio do Japão, sendo que com a saída de Tsunoda para a Red Bull, desta feita foi a vez do ‘rookie’, Isaak Hadjar, tirar um coelho da cartola. Esse truque de magia surgiu na Qualificação, ficando com o sétimo melhor tempo, à frente do seu grande ídolo (como o próprio já admitiu por várias ocasiões e imaginem partilhar a grelha com o mesmo…), Sir Lewis Hamilton. Na corrida apenas foi ultrapassado pelo sete vezes campeão do Mundo, agora a representar a Ferrari e, por isso, Hadjar inscreveu o seu nome na tabela do Mundial de Pilotos com os quatro pontos correspondentes à oitava posição.

No entanto, o melhor arranque de temporada está a ser, sem dúvidas, de Alexander Albon, que somou pontos pela terceira corrida consecutiva e vai ganhando o seu espaço como o grande piloto que é. Talvez com a necessidade de demonstrar que é, seguramente, uma mais-valia para a sua equipa com a chegada de Carlos Sainz (vencedor de Grandes Prémios) à Williams. Independentemente da razão, este início está a ser espetacular e já lá vão 18 pontos (com os dois neste GP Japão) e o sétimo lugar no Mundial de Pilotos. Lá está, mais um à frente de um tal sete vezes campeão do Mundo…

A última menção honrosa tem ser para Oliver Bearman e para a Haas, tendo garantido o pontinho com a décima posição. O ‘rookie’ vai demonstrando enorme capacidade e a equipa norte-americana lá vai amealhando os seus pontos que, mais tarde na temporada, se podem revelar absolutamente decisivos para o desfecho das contas e para os tais milhões que representam uma boa classificação final no Mundial de Construtores.

Ler +

Exclusivos