José Mourinho voltou a ser Mourinho e mostra quem manda no seu destino. Com um início de liga complicado, somando a um empate duas derrotas, a resposta do melhor treinador português foi dada primeiro em campo, com três vitórias em oito dias quando muitos já vaticinavam o despedimento, e depois com a imprensa. Em entrevista ao canal egípcio MBC Egypt garantiu:
“Irei para a Arábia Saudita nos tempos livres, mas estou convencido que vou trabalhar lá. Não sei quando, mas tenho certeza disso”
Esta declaração aconteceu antes da pausa das seleções. Concluída essa pausa o “desejo” de Mourinho pode concretizar-se assim o queira. O diretor de operações da Liga Saudita, Carlo Nohra, não deixa margens para duvidas…
“Falando por mim e não pela Arábia Saudita, estou à espera que José Mourinho chegue”, afirmou no Festival Dello Sport, colóquio organizado pela Gazzetta Dello Sport.
Em final de contrato com a Roma, o Zé de Setúbal que se fez estrela no Porto, pisca o olho a um campeonato que tem um terço das equipas orientadas por portugueses. Pedro Emanuel, Jorge Mendonça e Filipe Gouveia devem estar descansados, pois os seus projectos (ainda) não estão no patamar de Mourinho. Já Luís Castro, Espírito Santo e Jesus podem ter de sair para ele entrar. E se há algo que o último mercado de transferências demonstrou no reino saudita é a “descartabilidade” de qualquer profissional. Jota ou Talisca, por exemplo, continuam no Al Ittihad e Al Nassr, respectivamente, porque algum negócio não se concretizou.
Quem fala em jogadores de futebol ou treinadores não deve também esquecer outras áreas profissionais. Como a enfermagem, ensino, engenharias, comunicação.
O que Cristiano Ronaldo realmente abriu não foi o mercado mas sim a percepção de que é possível trabalhar num país de regime questionável… para os olhos ocidentais.
E tu, quando vais trabalhar na Arábia Saudita?
Até lá, peão para d4
Gambit.