A bússola do futebol está no Médio Oriente

Colocar Nos Favoritos

Partilha

A Norte.

Custa, e muito, à velha Europa perder protagonismo. O último mercado de verão foi duro e, por isso, foi com grandes parangonas que o atrito entre Benzema no Al Ittihad e a saída de Henderson (quem?) do Al Ettifaq para o Ajax foram divulgados pelos órgãos de comunicação social europeus.

Mas sejamos sinceros. Jogadores que não se adaptam a um novo país são aos pontapés. Jogadores que querem trocar de clube para aspirarem estar numa fase final de um torneio de seleções, ainda mais.

Querer assinar uma sentença de morte a uma liga, que se encontra a desenvolver, é por ignorância, má vontade e… preconceito. E continuo a defender o mesmo. Se, por exemplo, os Emirados fechassem a torneira do grupo City e apostassem apenas no desenvolvimento do futebol local, o que fariam os que elogiam os últimos anos de Pep Guardiola e as suas milionárias equipas?

A Sul.

Os Globe Soccer Awards voltaram a distinguir os melhores do mundo do futebol no ano transato e, por incrível que pareça, conseguem ser mais consensuais que FIFA e a revista France Football. Mas tudo nestes prémios costumam ser uma afronta à FIFA. A começar pelo nome. Soccer. Isso também não lhes perdoo.

Quanto ao resto, estes prémios têm distinguido de forma mais unânime os melhores do mundo da bola. Na primeira edição, em 2010, foram apenas três os prémios atribuídos. Melhor agente. Melhor diretor desportivo. Melhor carreira de diretor desportivo. É verdade. Zero jogadores. Na edição seguinte já surgiu o melhor jogador do ano. Cristiano Ronaldo obviamente. Na última edição, realizada a 19 de janeiro, foram distribuídos 18 prémios. Haaland foi o melhor jogador.

Em 13 edições Ronaldo foi eleito por seis vezes o melhor jogador do ano. Messi uma, em 2015. Mas ao contrário da FIFA ou da France Football nestes prémios Falcao (2012), Ribery (2013), Lewandowski (2020), Mbappé (2021), Benzema (2022) e Haaland (2023) não sucumbiram ao lobby messiano que percorre os corredores do futebol.

A Este.

Paulo Bento não se livrou de um grande susto. Num grupo extremamente acessível conseguiu complicar e só conseguiu o apuramento para a próxima fase da Taça da Ásia quando aos 90+3 os UAE reduziram para 2-1, na derrota que se confirmou frente ao Irão. Valeu a diferença de golos para apurar a formação de Paulo Bento, que quase foi eliminada pela Palestina. O Irão de Taremi confirmou o favoritismo e venceu os três jogos do grupo. 

No grupo D Morita e Osama Rashid cumpriram e segue para a próxima fase. O Iraque do Vizelense Rashid passou em primeiro, vencendo os 3 jogos. Em segundo passou o Japão de Morita. 

A Oeste.

A Taça das Nações Africanas está a correr bem para os países com ligações a Portugal. 

A Guiné Equatorial venceu o grupo A, da anfitriã Costa do Martim. Sim. A Guiné Equatorial tem ligação a Portugal… faz parte da CPLP! Já a outra Guiné, a Bissau, também estava neste grupo mas terminou em quarto dizendo adeus à terra de Drogba. A Nigéria orientada por José Peseiro integrou este grupo, passando em segundo lugar. 

No grupo B algo semelhante ao A, Cabo Verde ficou em primeiro. Moçambique ficou em último. Este grupo conta também com o Egipto. A seleção que mais títulos tem nesta prova é treinado pelo ribatejano Rui Vitória e teve um apuramento atribulado para a próxima fase. 

No grupo D a Angola carimbou a passagem em primeiro lugar. 

Ler +

Exclusivos