Num Grande Prémio do Japão – 4.º da temporada – em que voltamos a ter 1-2 para uma equipa, pois depois de ter assegurado as duas primeiras posições no Bahrein e na Arábia Saudita, a Red Bull restabeleceu a normalidade, após a Ferrari ter apontado o 1-2, na Austrália. No entanto, a acompanhar os homens da marca de bebidas energéticas no pódio esteve, mais uma vez, um tal de Carlos Sainz Jr. que continua a realizar um arranque de época absolutamente espetacular.
Sobre o vencedor há pouco a dizer (sim, sim… Foi Max Verstappen), assim como sobre a equipa que surge, também com uma diferença cada vez maior para as restantes, logo a seguir, ou seja, a Ferrari. Isto para além do facto de Charles Leclerc também ter feito uma enorme corrida, arrancando de oitavo e terminando na 4.ª posição e até deixou o companheiro passar, sem sobressaltos, para que ficasse no 3.º posto.
Yuki e Fernando mantêm-nos entretidos
Enquanto, a emoção vai escasseando na frente, um ‘velhinho’ vai fazendo milagres no meio da luta pelos pontos. Fernando Alonso, reforço 42 anos, tem demonstrado que a sua experiência e natural rapidez ainda conseguem fazer a diferença, sendo que tem levado a Aston Martin às costas. Tudo apontava para que McLaren e Mercedes estivessem mais próximas e que a equipa de Lawrence Stroll tivesse mais dificuldades, mas o piloto espanhol tem tirado tudo e mais alguma coisa do seu monolugar e colocou-o na sexta posição, em Suzuka, garantindo oito preciosos pontos. O que faz com que a Aston Martin esteja a apenas um ponto da Mercedes no Mundial de Construtores e Lance Stroll apenas contribuiu com nove dos 33 que a marca tem neste momento.
Yuki Tsunoda também vai demonstrando que pode, muito bem, ser uma excelente solução para a Red Bull, pois também tem tirado tudo do seu V-card nestas última corridas, conseguindo mais um ‘pontinho’ com um décimo lugar e ainda por cima em casa. O nipónico fez mais uma grande corrida, perante o seu público, e vai dando sinais de se estar a tornar num piloto de topo. Com isto, Tsunoda já soma sete pontos no Mundial de Pilotos e é o primeiro do designado 2.º pelotão, deixando igualmente a sua equipa com os mesmos sete pontos e a destacar-se cada vez mais no sexto lugar entre os Construtores.
Uma sombra e algum ‘karma’…
No primeiro arranque deste Grande Prémio do Japão houve um dos habituais ’embrulhanços’, algo que obrigou a direção de corrida a exibir a bandeira vermelha e a efetuar nova partida. O acidente envolveu Daniel Ricciardo e Alex Albon, sendo dois pilotos que não andam com uma vida muito boa nos últimos tempos. O australiano vai somando ‘erros’ e maus resultados – desta vez foi totalmente involuntário -, sendo que para aumentar a pressão, o seu companheiro de equipa da V-card (já falamos de Yuki Tsunoda) tem estado a um nível bastante elevado. Assim, Ricciardo vai andando com a sombra de Liam Lawson (terceiro piloto desta equipa satélite da Red Bull) e que na temporada passada deu provas que tem tudo para ter um assento num monolugar na Fórmula 1.
Alex Albon viu o espaço, mas Ricciardo não o viu a ele e foram ambos parar às barreiras do circuito de Suzuka. O ‘karma’ a fazer das suas à Williams, depois da polémica decisão de ter dado o lugar ao tailandês, após este ter destruído o seu carro, colocando-o no monolugar de Logan Sargeant, na Austrália. A equipa britânica segue sem somar pontos e vai somando, isso sim, gastos elevadíssimos com os arranjos sucessivos a que tem estado sujeita.
Já mostro o momento fofinho…
Numa tentativa de resumir o que as outras equipas fizeram neste fim-de-semana, pode dizer-se que a Mercedes está, claramente, a perder a roda do pelotão da frente e sendo ultrapassada pela McLaren, com Norris (5.º) e Piastri (8.º) a fazerem o máximo que conseguem com os seus ‘papaias’. Mais uma palavra para Haas que ficou à porta dos pontos, com Nico Hulkenberg a terminar na 11.ª posição e Kevin Magnussen no 13.º posto.
A Alpine continua o seu penoso caminho neste início de temporada, não tendo um carro competitivo e que se vai arrastando de corrida para corrida, sendo que a frustração – ambos franceses e orgulhosos – dos pilotos também vai aumentando de tom. A Stake voltou a ver Zhou Guanyu a abandonar um Grande Prémio – isto sem falar das longas pit stops (incompreensível) -, mas Valteri Bottas até teve momentos bons no Japão, dando alguma esperança para o que resta da temporada.
Como prometido termino com o momento fofinho do fim-de-semana: