O Ocidente acordou chocado com o que sucedeu no final da Supertaça da Arábia Saudita. Um adepto bateu com uma bengala um jogador do Ittihad. As linhas que se seguem não são de forma alguma para justificar o que aconteceu.
Nem retirar importância.
Mas sim recordar aos muitos que agora enchem caixas de comentários com afirmações racistas sobre o país, cultura e religião do senhor que atacou, de forma injustificável, o atleta.
Podemos começar pelo último derby lisboeta. Não faltaram objetos perigosos a serem arremessados. Acaso o adepto tivesse melhor pontaria com aquela cadeira e o efeito teria sido pior que uma bengala.
Também não vai há muito, uma assembleia geral deu muito que falar e ficou famosa não pelo conteúdo discutido mas sim pelas ações físicas ocorridas. Tivesse aquele sócio caído pior escadas abaixo e o efeito teria sido pior que uma bengala.
E o episódio da Academia do Sporting? Foi até categorizado como acto terrorista por alguns entendidos. Por lá não faltaram vergastadas.
Convém, obviamente, não esquecer o caso do very-light que um adepto do Benfica lançou e teve como consequência a morte de um adepto em pleno estádio.
Ou os encontros entre os adeptos casuals dos vários clubes com o único intuito de andarem à porrada.
Ou as pedradas a autocarros.
Até no Parlamento Europeu eles se sentam a representar outras pessoas…
Grunhos e pessoas estúpidas existem em todo o lado. Não é o país, cultura ou religião que as fazem melhor ou pior. Mas sim a educação de cada um.