O Grande Prémio dos Estados Unidos da América (EUA) teve lugar em Austin, no Texas, e a festa foi feita de vermelho. Atenção que nada tem a ver com as eleições presidenciais que se avizinham por aqueles lados. O vermelho, bem vivo, surge pela dobradinha da Ferrari, com a vitória de Charles Leclerc e o 2.º lugar de Carlos Sainz Jr., numa demonstração de vitalidade da equipa do ‘Cavalo Rampante’. O piloto monegasco, conhecedor do estilo de Max Verstappen, soube aproveitar muito bem o arranque e assumiu a dianteira da corrida, logo no final da primeira curva. Enquanto, Lando Norris que fez a pole-position e Max esgrimiam forças, Leclerc foi sorrateiramente para a liderança, a qual segurou até final, numa exibição de elevado nível.
Este 1-2 da ‘Scuderia’ vem animar, ainda mais a luta no Mundial de Construtores – sendo que o triunfo de Leclerc anima a batalha pelo 2.º posto no Mundial de Pilotos -, deixando a Ferrari a escassos oito pontos da 2.ª posição ocupada pela Red Bull. A McLaren continua a liderar, mas tem a equipa da famosa marca de bebidas energéticas a somente 40 pontos e os italianos, consequentemente, a 48. Isto está bem bom para últimas cinco provas da temporada.
Max percebe muito disto e tem o título no bolso
O Mundial de Pilotos continua a gerar incerteza, porém (perdoem-me a contradição) Max Verstappen tem, cada vez mais, o título no bolso. O piloto neerlandês da Red Bull voltou a ganhar pontos face ao segundo classificado, o britânico Lando Norris, pois venceu a corrida Sprint – numa bela exibição diga-se de passagem – e ficou à frente do piloto da McLaren no Grande Prémio, aumentando a distância em três pontos.
Assim sendo, o que fica mesmo animado é a luta pelo segundo lugar, pois com o triunfo nos EUA, Charles Leclerc aproximou-se, e de que maneira, de Lando Norris que já deve estar a suar por todos os lados, tendo em conta o bom momento apresentado pela ‘Scuderia’ neste Grande Prémio.
Quem vai mantendo as suas aspirações – de se tornar tetracampeão mundial – intactas é Max Verstappen que apesar de ter apenas 27 anos, vai demonstrando, corrida após corrida, que sabe muito disto e, por isso, antevejo mais um título para o neerlandês. Nesta prova, Max voltou a batalhar com Lando Norris e fez uso de toda a sua experiência, sabedoria de condução e estilo (agressividade que todos reconhecemos) para dar mais uma lição ao aspirante a campeão. O momento decisivo (deu penalização de 5 segundos a Lando) acabou por ser quando o piloto da McLaren ganhou posição fora de pista.
Grande Prémio de recuperações brutais e um tal argentino que não é Messi, mas…
Nesta corrida de Austin tem de se dar o mérito a duas enormes recuperações e só não houve mais uma, porque se esbardalhou logo na 3.ª volta (Lewis Hamilton que partiu de 17.º fez um arranque brutal e já rolava na 12.ª posição, mas acabou na gravilha, quando ia sozinho em pista…). Assim, o reconhecimento tem de ser dado a George Russell que, depois de ter saído fora de pista na Qualificação, arrancou das boxes no domingo, ou seja, bem em último, e terminou a corrida na 6.ª posição. Ovação de pé!!!
Quem merece mais uma enorme salva de palmas é o estreante (esta temporada) Liam Lawson, que substituiu Daniel Riccardo, na V-Card, e devido à troca da unidade motriz partiu de 19.º. Não é que neozelandês fez das dele e terminou a prova nos pontos, com um brilhante 9.º lugar.
Já Franco Colapinto, que vai ganhando adeptos em massa na Argentina e já ameaça Messi (brincadeira) voltou a demonstrar as enormes credenciais que tem e colocou o seu Williams nos pontos com o décimo lugar, depois de ter partido da 15.ª posição.
Ainda mais uma menção honrosa para a Haas que no Grande Prémio conseguiu o 8.º lugar com Nico Hulkenberg e se voltarem à tabela do Mundial de Construtores podem confirmar que a marca norte-americana já é 6.ª no campeonato. Pois, também beneficiou de uma bela corrida de Sprint, em que o alemão voltou a brilhar (oitavo posto), mas também o seu companheiro de equipa Kevin Magnussen que foi sétimo, sendo que no Grande Prémio ficou à porta dos pontos com o 11.º posto.