Oscar Piastri é o primeiro vencedor repetido, apertando com Norris no Mundial de Pilotos e todas as equipas já com pontos

Colocar Nos Favoritos

Partilha

Oscar Piastri venceu o Grande Prémio do Bahrain e tornou-se no primeiro piloto a vencer duas corridas em 2025. Assim, o australiano assumiu o 2.° lugar no Mundial de Pilotos e já está ‘colado’ ao seu companheiro de equipa, Lando Norris. Tal como o previsto para, pelo menos, o primeiro terço da temporada, a McLaren vai tendo o melhor monolugar e, ao que tudo indica (salvo algumas evoluções de outras equipas), adivinham-se escolhas difíceis para quem as tem de tomar.

Neste fim de semana de Grande Prémio do Bahrain, o segundo de uma tripla (isso mesmo, no próximo fim de semana também há corrida, na Arábia Saudita), ficou patente que Lando Norris continua a lutar contra alguns constrangimentos internos, dizendo que não está tão confortável com o carro, como no final da época transata. A Qualificação não foi nada boa, mas o domingo foi bem eficaz, conseguindo o pódio e esteve perto de garantir o 1-2 para os ‘papaia’.

Nessa 2.ª posição ficou George Russell, confirmando, também ele, o excelente arranque de temporada e colocando a Mercedes, até ver, como a principal adversária da McLaren, no Mundial de Construtores. Completamente focado, como é seu timbre, esteve o vencedor Oscar Piastri que, na minha opinião, vai dando mostras de ser um verdadeiro, senão o verdadeiro, candidato ao título mundial, em 2025.

Ps: atenção, análise com base em intuição e em somente quatro corridas, pois ainda falta tanta borracha para derreter.

Ferrari lá fez qualquer coisinha, numa corrida animada

A corrida no Bahrain foi bem animada, tendo as suas peripécias e incidentes, sendo que a Ferrari lá deu um ar de que ainda pode fazer qualquer coisinha esta temporada. Logo no arranque, um piloto precipitou-se e, para espanto de muitos (ou não, devido ao que já opinei em cima), foi mesmo Lando Norris. O piloto britânico teve um sábado para esquecer e começou o domingo com o pé errado, tendo sido penalizado por falso arranque, estando bem fora do local devido. Claro, sempre com a atenção do inspetor Max (isto para Portugal, ainda tem mais piada).

Avançando com a Ferrari, Charles Leclerc, como é habitual, fez uma Qualificação de excelência e beneficiou de uma penalização a Russell para arrancar na linha da frente, ao lado de Piastri. Na corrida percebeu-se que seria difícil acompanhar o McLaren, mas também o Mercedes do piloto mais experiente da equipa da estrela. A marca italiana foi, ao menos isso, tentando uma estratégia diferente de todos os outros e conseguiu beneficiar com isso, tendo também a sorte do ‘safety car’ (principalmente Lewis Hamilton).

O sete vezes campeão do Mundo voltou a claudicar na Qualificação, não estando, mais uma vez, no seu melhor ou pelo menos perto daquilo a que nos habituou ao longo dos anos. Porém, na corrida foi muito certinho e protagonizando bons momentos de corridas de automóveis, até em batalhas com pilotos que lhe dizem alguma coisa ou não, como Carlos Sainz e Kimi Antonelli.

O rookie da Mercedes voltou a estar bem, concentrado, tranquilo e ciente de que tem de estar nesse estado de espírito para ir ajudando, com o máximo que conseguir, a equipa a somar pontos. De entre as tais incidências há que destacar duas batalhas (uma delas tirou-o da corrida) de Carlos Sainz que aparentava ter tudo para um brilharete com o Williams, mas talvez tenha esticado demasiado a corda. Também um desses toques foi o que originou o ‘safety car’.

Haas em pezinhos de lã com Bearman e Ocon nos pontos e um ‘eterno amigo’ Gasly a brilhar

Um pouco mais para trás no pelotão e na sempre tão interessante luta pelos pontos, houve lugar a agradáveis surpresas, começando pela mais óbvia, com o segundo piloto da Red Bull, neste caso Yuki Tsunoda, a ficar pela primeira vez na temporada dentro dos dez primeiros, amealhando dois pontos, com a nona posição.

Mas, há mesmo que destacar o bom arranque de época da Haas que desta feita também contou com uma bela condução, assim como uma boa estratégia da equipa, de Esteban Ocon que foi oitavo classificado. Já o rookie (ou nem por isso) da marca norte-americana, Oliver Bearman voltou a pontuar, garantindo o décimo posto.

Porém, a surpresa maior e que começou logo na Qualificação veio do piloto mais português da grelha (por afinidade obviamente), Pierre Gasly, que com um estrondoso sétimo lugar marcou os primeiros pontos para si, mas também para a Alpine que vinha a debater-se bastante neste primeiros Grandes Prémios. Assim sendo, e logo à quarta corrida, já todas as equipas pontuaram. Um sinal de que esta temporada pode ser bem interessante, para além daquilo que poderá passar-se na frente das respetivas classificações.

Pierre Gasly que arrancou de uma espetacular quarta posição, no entanto não tinha monolugar para segurar esse posto, mas lá fez o que tinha a fazer para terminar no melhor lugar possível. Até se envolveu em batalha com um tal de tetracampeão do Mundo, Max Verstappen, mesmo na última volta.

Ler +

Exclusivos