O Grande Prémio do México fica, desde logo, marcado pelos acontecimentos na primeira curva. Os dois Ferrari – Sainz e Leclerc – que tinham garantido a primeira linha da grelha na Qualificação, arrancaram de forma tão que os Red Bull de Verstappen e Pérez os apanharam num instante. O tricampeão Max meteu-se no meio dos ‘Cavalino Rompante’ e consumou a chegada ao primeiro lugar, logo na curva inicial. Já Sérgio ‘Checo’ Pérez foi demasiado ambicioso. Vindo do 5.º posto, após a surpreendente qualificação de Daniel Ricciardo (Alphatauri) em 4.º, Checo tentou de tudo, tal foi a velocidade com que se aproximou dos homens da frente, para tomar a dianteira logo na primeira curva, porém ‘esqueceu-se’ que havia um carro (Leclerc) à sua esquerda e acabou por embater no monolugar do piloto monegasco, saindo de pista e com vários danos no seu carro que o obrigaram a abandonar. Estava, logo nos primeiros metros, descartada a vitória em casa.
Grande Norris e aplausos para Ricciardo
Os aplausos para Ricciardo são merecidos logo pela excelente Qualificação, colocando o Alphatauri na 4.ª posição. O arranque não foi melhor, isso é certo, mas a corrida acabou por ser consistente por parte do australiano e o sétimo posto no final – seis pontos – é digno de nova salva. Com onze pontos somados nos dois últimos Grandes Prémios, a equipa B da Red Bull soma agora 16 no campeonato de Construtores e ultrapassou a Haas e a Alfa Romeo. Também Ricciardo se estreou a pontuar na presente temporada, sendo que apenas realizou três corridas. Mas, estes seis pontos já o colocaram à frente de Zhou Guanyu (Alfa Romeo), Kevin Magnussen (Haas) e Logan Sargeant (Williams), ficando, igualmente, a apenas dois do seu companheiro de equipa Yuki Tsunoda. Nova ovação…
Lando Norris foi, muito provavelmente, o piloto do dia. O britânico da McLaren arrancou da 17.ª posição e nas 71 voltas deste Grande Prémio do México abriu caminho até ao 5.º lugar. Uma corrida enorme de Lando que conseguiu ficar à frente do seu companheiro de equipa, passar Ricciardo e George Russell. Com estes dez pontos, Norris está no 6.º lugar do campeonato de Pilotos, a somente 14 de Fernando Alonso e Carlos Sainz, 5.º e 4.º, respetivamente, com Sainz Jr. a ultrapassar o compatriota da Aston Martin neste fim de semana. Juntando os quatro pontos de Piastri, a McLaren – também tendo em conta o descalabro da Aston Martin – aparentemente tem o 4.º lugar no mundial de Construtores assegurado.
Voltaram a animar as lutas pelos segundos lugares
Comecemos pelo mundial de pilotos. A desistência de Checo Pérez abriu caminho para uma possível recuperação de Lewis Hamilton (Mercedes) e assim aconteceu. Em mais um segundo, com uma exibição bem conseguida, o piloto britânico reduziu a desvantagem de 39 pontos, para 20, quando faltam três Grandes Prémios para concluir a temporada de 2023. Hamilton somou 19 pontos no México, com os 18 do 2.º posto e mais um por ter garantido a volta mais rápida. A luta voltou a animar e o pontos de interesse, para além dos lugares imediatamente abaixo, com Sainz, Alonso, Norris e Leclerc muito próximos, também passa por luta pelo 2.º lugar.
O mesmo se passa no campeonato de Construtores, apesar de as contas terem ficado exatamente na mesma, após este Grande Prémio do México. A Mercedes que neste momento ocupa a 2.ª posição somou 27 pontos, com os 19 de Hamilton e os oito de Russell (sexto classificado), assim como a Ferrari com os 15 de Leclerc (3.º) e os 12 de Sainz (4.º). Aquela volta mais rápida fez mesmo a diferença em dois campeonatos distintos… Ou seja, para as últimas três corridas Mercedes e Ferrari estão separadas por 22 pontos.
Menção de honra
Não podia terminar, claro antes do digestivo, sem fazer uma menção honrosa ao bicampeão do Mundo de Ralis, Kalle Rovanpera que aos 21 anos já tem dois títulos no bolso. Impressionante! Numa temporada que até não começou muito, o seu Toyota GR Yaris Rally 1 foi começando a responder e o piloto finlandês conquistou mesmo o seu segundo campeonato consecutivo, quando ainda resta o Rali do Japão para concluir o calendário de 2023. Parabéns!
Digestivo do Pawnfessor X
O Mercedes-AMG GLE 53 HYBRID 4MATIC+ é a versão híbrida plug-in da linha desportiva GLE. Com uma potência total de 544 cavalos e uma autonomia máxima de 86 quilómetros, tendo ainda disponíveis as carroçarias SUV e Coupé. Em termos de potência fica entre as outras duas versões do Mercedes-AMG GLE: o 53 (435 cv) e o 63 (612 cv), embora nenhum destes seja híbrido plug-in. O motor de combustão interna é um seis cilindros em linha de 3 litros, essencialmente igual ao do GLE 53, mas para utilizá-lo no GLE 53 HYBRID 4MATIC+, a Mercedes fez duas modificações: aumentou a potência em 14 cavalos e eliminou o compressor elétrico já que, segundo a marca, esta tarefa é agora realizada por um motor elétrico de tração com 136 cavalos de potência.