Huuuulkenberg de classe no triunfo de Piastri e no desastre emocional (raro) de Max

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Oscar Piastri venceu o GP Espanha, em Barcelona, e aumentou a vantagem na liderança do Mundial de Pilotos para dez pontos, em relação ao seu companheiro de equipa, Lando Norris, que foi o 2.° classificado. Isso mesmo, mais um 1-2 para a McLaren e o quinto triunfo para o australiano, numa corrida em que se pensava que podia haver uma aproximação dos adversários, devido à introdução de uma nova regra relativa à asa dianteira. Tal não sucedeu e o Mundial de Pilotos, aparentemente, vai ficar reduzido à luta interna na McLaren.

A partir da segunda posição, a coisa animou com um 3.° lugar surpreendente para Charles Leclerc e para a Ferrari, depois de Max Verstappen se ter deixado levar pela frustração (mas, já lá vamos). O monegasco acabou por ser um dos pilotos do dia, ganhando quatro posições, após uma Qualificação em que ficou aquém. A marca italiana como, estranhamente, tem sido seu apanágio este ano, voltou a acertar na estratégia, pelo menos da do número 16. Já com Lewis Hamilton não foi bem assim, com mais questões através do rádio num tom de incompreensão, por parte do sete vezes campeão do Mundo.

No 4.° posto ficou George Russell, mais uma vez muito certinho e a aproveitar erros alheios para somar bons pontos. Mas, a Mercedes está a entrar numa fase menos boa e a classificação do Mundial de Construtores (também já abordo essa questão) comprova isso mesmo. O piloto britânico foi ainda protagonista do episódio do fim de semana – ainda sem spoilers e a fazer dourar a pílula. Deixo já o Top-10, pois, inevitavelmente, o próximo tema tem de ser dedicado a Nico Hulkenberg (que show do alemão).


Hulkenberg foi enorme e primeiros pontos para alguém que já somou muitos

Desta feita o spoiler estava feito com a revelação do top-10 e o incrível 5.° lugar de Nico Hulkenberg, ainda mais impressionante por ter sido feito num Sauber e ainda mais porque contou com uma excelente ultrapassagem a um Ferrari conduzido por um tal de Sir Lewis Hamilton (apesar do próprio ter admitido que foi das piores corridas de sempre, na sua carreira).

O piloto alemão arrancou da 15.ª posição e conseguiu terminar a somar 10 pontos. Absolutamente sensacional! Isto também com uma estratégia bem conseguida por parte da sua equipa que também trabalhou bem com Gabriel Bortoleto, mas não foi suficiente para colocar os dois monolugares no pontos. Sendo que apenas McLaren e Ferrari alcançaram tal feito neste GP Espanha.

Por isso, ainda temos de falar de algumas boas performances, como a de Isack Hadjar, no seu V-card, que vai tendo uma época de estreia sensacional – só espero que não seja chamado para o segundo lugar da Red Bull -, até ao momento. Depois há que dar um enorme crédito a Pierre Gasly que vai extraindo tudo e mais alguma coisa do Alpine, tornando-se (à sua dimensão) no Verstappen da marca francesa, já que os companheiros de equipa nem sequer se aproximam das suas performances. Estes dois pilotos franceses que festejaram juntos, no sábado, a conquista da Liga dos Campeões, por parte do Paris Saint Germain.


Claro que temos de falar do nosso ‘velhinho’, Fernando Alonso, que pontuou pela primeira vez na presente temporada, tendo feito uma corrida caseira bastante consistente e com umas últimas voltas, após o ‘Safety Car’ dignas de um campeão do Mundo por duas vezes (sim, é sempre bom relembrar).


Oh Max! Safety Car que agitou as águas

Vamos lá, então, abordar o elefante na sala. O momento mais marcante deste Grande Prémio de Espanha foi protagonizado por Max Verstappen. Após a entrada do ‘Safety Car’, sensivelmente, à volta 57 de 66, pois Kimi Antonelli teve uma falha no motor, toda a grelha aproveitou a paragem ‘à borla’ para trocar os seus pneus – apenas dar um contextozinho. Nessa paragem, a Red Bull achou por bem colocar o composto duro (sim, eram novos) no monolugar do tetracampeão mundial. Algo que o deixou, de imediato, com os azeites como se diz em bom português. Depois da saída da viatura de segurança da pista, o relançamento da corrida não foi o melhor para o neerlandês que quase se despistou antes da ultrapassagem de Leclerc (vejam o vídeo acima), mas no seguimento teve de ir fora de pista, na batalha com George Russell.

Aqui, o azeite já fervilhava no carro n.º 1! A coisa piorou, quando o seu engenheiro abriu a via de rádio para lhe dizer que tinha de ceder a passagem ao britânico (algo que no fim foi verificado e não tinha de o ter feito). À boa maneira Maximiniana, a resposta foi curta e grossa, com um: ‘Why????’. Depois ocorreu algo que levou à penalização de 10 segundos que atirou Verstappen para o décimo lugar, num comportamento demasiado temperamental dentro de um carro de corridas e à velocidade a que se executa. Mas, mais uma vez, o vídeo fica aqui para que tirem as devidas ilações.

Para desanuviar um pouco, resta falar da previsível animação na luta pelo segundo lugar no Mundial de Construtores, com a Ferrari a ser a grande beneficiada neste 9.º Grande Prémio da temporada. Com o 3.º e 6.º de Charles Leclerc e Hamilton, respetivamente, a marca do ‘cavalino rampante’ saltou de uma só vez para a vice-liderança do campeonato coletivo (era 4.ª classificada). A Mercedes vai apresentando problemas, com nova desistência de Antonelli, sendo que ainda teve alguma sorte ao conseguir o 4.º posto com Russell. A Red Bull, sendo que Yuki Tsunoda fez uma enorme corrida, pois saiu da via das boxes e terminou na 13.ª posição, continua a contar apenas com os pontos de um carro e desta feita, até esse só contribuiu com um pelas razões acima referidas.

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